quarta-feira, dezembro 09, 2009

Um pássaro na gaiola

Cada dia que se passa perco o encanto com o que chamam de “igreja”. Pergunto-me se o que vejo é a “Igreja” que Jesus fundou. Queres saber como é ser cristão nas cidades interioranas? Um pássaro em uma gaiola. É como me sinto, é como muitos se sentem, é uma verdade que não podemos negar. Às vezes me sinto como um cristão na Idade Média, sua opinião é o suficiente para o lançarem na fogueira, e queimar, queimar, até restar somente cinzas.

Infelizmente, muitos saem de uma gaiola e entram em outra (acho que me incluo aqui). O espaço é maior, podem voar um pouco mais, mas não se engane, não é vôo, pois continuam em uma gaiola... Não me sinto confortado em um ambiente onde não posso andar de acordo com o Espírito (Gl 5.25). Estou cansado de proibições, estou cansado de regras. Ser cristão não é ser oprimido, muito pelo contrário, leio nos Evangelhos que Ele foi enviado para “proclamar libertação aos cativos” (Lc 4.18). Quando digo cansado de proibições, não me entendam mal: se você congregasse em uma igreja legalista me compreenderia. Fazem inferno com coisas insignificantes!

Cristo afirmou: “as portas do inferno não prevalecerão contra a minha igreja” (Mt 16.18). Dói, mas o que contemplo não é a Igreja de Jesus, é a “igreja” que mata, desconstrói e escraviza, e nesta o inferno prevaleceu. Jesus não nos chamou para sermos pássaros presos em gaiolas, nos chamou para sermos livres: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.29). Sim, Cristo me libertou do pecado e de todo jugo, não sou mais escravo, não tenho mais algemas!

Sou livre ou sou mais um cristão preso em uma gaiola? Eis a questão.

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