domingo, abril 02, 2006

Pentecostal Reformado?

Pentecostal Reformado? Calma! Não se trata de nenhuma teologia nova, ou termo novo, mas um título de protesto. Talvez termos que não se unem, porém tem um significado, ou melhor, um significado que eu atribuí, um conceito que é meu e de mais ninguém. Não se trata de ser calvinista e crer na atualidade do dom de falar em outras línguas. Não, enfaticamente não. Está havendo uma confusão. Primeiro, acho que devo algumas explicações.

O meu primeiro contato com a Teologia Reformada foi por meio do site Textos da Reforma, que muito me ajudou no conhecimento das doutrinas da graça ou da fé reformada, com o tema "O Seu Portal de Teologia Reformada em Língua Portuguesa" conquistou muitos internautas. Hoje, um site extinto, não sei quais as razões que o fizeram sair do ar. Na época eu era um ignorante se tratando da Teologia da Reforma, hoje continuo ignorante, mas com algum conhecimento a mais. Encontrei o site pesquisando no famoso Google textos relacionados a reforma. Sempre fui apaixonado pela Reforma, por sua história e coragem dos grandes reformadores, Lutero e João Calvino, e no site Textos da Reforma, encontro o que procurava, seus escritos. E assim começava os meus primeiros passos em uma teologia tão vasta e imensa.

Comecei a compulsar a fé reformada, começo a participar de comunidades reformadas nas redes sociais, quando deparo com um problema. A maioria dos reformados não conseguem se relacionar com os pentecostais! Alguns até consideram um absurdo um pentecostal se declarar reformado ou um reformado se declarar pentecostal, e nesta repulsa ou rejeição, estou eu, pentecostal, convicto nos postulados da doutrina pentecostal. Detalhe, reformado se tornou sinônimo de calvinista, Teologia Reformada é nada mais, nada menos, que Calvinismo. E Lutero? À sua teologia denominaram luterana, e aos "seguidores" de suas convicções simplesmente luteranos.

O termo reformado usado nessas linhas não se confunde com os diversos ramos oriundos da Reforma Protestante, não se confunde com o calvinismo, se entrelaça com a Reforma, dela absorvendo o seu significado. Não se trata de ser, ou não ser, é um conceito sem definição, a junção do substantivo e adjetivo ainda não brotou um significado. Ainda não há espaço para conceito, por enquanto o conceito é só meu (Se é que há conceito!).

É apenas um grito, talvez sem eco. Apesar das objeções sou um pentecostal reformado, ou pentecostal luterano, ou pentecostal calvinista. Mas para sermos mais precisos, para que haja coerência, sou simplesmente um cristão apaixonado pelos textos da Reforma, unindo-me ao seu legado. Amo seus escritos, amo o seu brado, amo sua história!

sábado, março 04, 2006

James Arminius

Arminius tem sido motivo de repulsa entre muitos reformados, comumente entre as comunidades reformados nas redes sociais observamos o desprezo para com James Arminius. Caricaturas de Arminius com face de burro, é tema em muitas comunidades. Por exemplo, entre os diversos artigos lidos na internet, li que Arminius morreu louco. Muitas são as inverdades escritas sobre este que tem despertado repulsa entre muitos reformados ou calvinistas.

Se me perguntarem se sou arminiano, respondo que não. Se me perguntarem se sou calvinista, respondo que não. Pois, ser arminiano ou calvinista implica afirmar posições que são contraditórias, dependendo de quem analisa ou critica. Para certos calvinistas ser arminiano é ser herege, e para certos arminianos ser calvinista é ser contraditório ou fatalista. Pelo menos os arminianos são mais abertos ao diálogo se tratando de certos fundamentos.

Após ler certos artigos comecei a ter certa repulsa por Arminius, não conhecia sua obra, apenas as críticas. Porém, depois de ter um contato com seus escritos e ler artigos biográficos, cheguei a conclusão que ele não é o que dizem ele ser. Para começar ele teve o privilégio de ser instruído por Theodore Beza, que dele afirmou "Faço conhecido que, do tempo que Arminius retornou a nós de Basel, sua vida e inclinação têm o nosso consentimento, que esperamos o melhor dele em todos os aspectos, se ele firmemente persistir no mesmo curso, que, pela graça de Deus, não duvidamos que ele assim fará." Mas, tenho que concordar que seus ensinos entraram em confronto com a Teologia Reformada, pediu o sínodo, entretanto só depois de sua morte foi formado, estava morto e impossibilitado de se defender.

Dos erros que os arminianos foram acusados, os mesmos se defenderam como bem observou Wesley "Os erros que eles foram acusados (usualmente chamados arminianos) por seus oponentes, são cinco: (1.) Que eles negam o pecado original; (2.) Que eles negam a justificação pela fé; (3.) Que eles negam a predestinação absoluta; (4.) Que eles negam que a graça de Deus seja irresistível; e, (5.) Que eles afirmam que um crente possa cair da graça. Em relação às duas primeiras destas acusações, eles alegaram que não eram culpados. Elas são inteiramente falsas. Nenhum homem que já viveu, nem o próprio João Calvino, jamais expressou o pecado original, ou a justificação pela fé, em termos expressos mais fortes e mais claros, do que Arminius. Estes dois pontos, por isso, estão fora de questão: estes, ambos os partidos concordam. Neste respeito, não há a mínima diferença entre o sr. Wesley e o sr. Whitefield." Para texto completo clique aqui.

Como já afirmei, não sou arminiano, talvez sim. Sou calvinista, talvez não. Não gosto de títulos, apesar de usá-los. Cá pra nós, não posso negar que concordo com essa posição de Arminius "Que Deus nos conceda que possamos concordar plenamente nessas coisas que são necessárias para Sua glória e para a salvação da igreja; e que, nas outras coisas, se não puder haver harmonia de opiniões, que haja ao menos harmonia de sentimentos, e que possamos 'guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz'".

sábado, fevereiro 04, 2006

Sou contraditório

"Quanto mais estudo, menos sei, quanto mais me entendo, menos me encontro. Admito existirem pessoas centradas, bem resolvidas, autênticos monumentos de estabilidade e fé. Não sou assim. Sou contraditório; não tenho, muitas vezes, um sólido eixo acadêmico; e reconheço que vivo com muitas crises emocionais. Inúmeras vezes, sinto-me companheiro dos salmistas que achavam que Deus havia se escondido deles."

Esse texto é de Ricardo Gondim, que ultimamente tem sido bombardeado devido alguns de seus artigos, ou para ser mais preciso, devido a Teologia Relacional, por ele defendida. Não quero me estender sobre o assunto, os meus conhecimentos não me permitem escrever sobre o que desconheço. Sobre o caso, registro que vejo expor sua alma nos seus escritos. Pelo que eu li, seus conceitos não são somente de um arminiano, mas de um homem sincero nos seus conceitos ou em sua teologia, um teólogo, que além de teólogo é pastor. O problema reside na interpretação de seus artigos, que não foram compreendidos ou foram compreendidos, certo é, geraram polêmica. Talvez estejam certos, e Gondim está trilhando um caminho que o tempo dirá o seu destino. Para onde está indo? O amanhã dirá. Que os teólogos cheguem as suas conclusões, eu tenho as minhas, e confesso, são precárias.

Citar o texto do artigo "Desviado ou encaminhado na fé. Eis a questão", tem por objetivo apenas registrar que também me considero contraditório. Ao ler o texto observei que estava lendo o que eu sou, como me defino às vezes. Infelizmente, tenho que confessar, não tenho estabilidade nos meus conceitos, sou volúvel e incoerente se tratando de teologia, ou melhor, das diversas linhas teológicas. O que eu sou? Ou o que defendo? O que eu creio?

São muitas as linhas teológicas e todas tem um certo laço que as une. Podemos citar a Teologia Reformada, Teologia Luterana, Teologia Arminiana, Teologia Wesleyana, Teologia Neo-Ortodoxa, Teologia Liberal, Teologia da Libertação, e outras e outras, teologias... Se tratando das diversas linhas teológicas, tenho que confessar que sou contraditório, ambíguo. Há momentos que estou defendendo posições reformadas, em outro postulados arminianos, e às vezes me encontro na "minha teologia", que é de ninguém, é minha (não é presunção, mas loucura).

Quantas teologias! Quantas definições! Sim, tenho a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática e defendo com a alma o Sola Scriptura. Creio na inspiração verbal, plenária e infalível da Bíblia. Passo horas e horas lendo sobre calvinismo e arminianismo, e me pergunto se há espaço entre os dois, pois se houver quero um lugar, pois sou contraditório.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Sonhos

Sonhos! Em meio ao caos, dissabores, angústias e decepções, Deus nos deu um dom que está em todos nós, independente de nossas diferenças e desigualdades, o dom de sonhar. Os sonhos nos fazem sorrir, apesar da dor, da tristeza e solidão que nos sucumbe, pois faz nascer a esperança nos feridos e massacrados. O sonho é um grito na alma, que luta por liberdade, que clama por um lugar entre os livres de espírito.

Contemplamos o mundo, e muitas vezes estamos entre o equilíbrio e o desespero, e somente o sonho nos faz acreditar no amanhã, apesar dos obstáculos e aparentes incertezas, haverá um amanhã onde a paz de espírito não será de alguns, mas de todos, onde a desigualdade não encontrará lugar, pobres e ricos não existirão, e a paz não permitirá que venham a lembrança que um dia o sofrimento assolou nossas vidas e almas. Não nos lembraremos que um dia muitos foram massacrados pela dor de serem subjugados e tratados como escória, marcados na pele, pois não nasceram entre nobres, o mundo não os permitiu não sentir fome, estudar em escolas dignas, ter uma formação acadêmica e ser tratado sem discriminação.

No desespero, muitos acreditam nos profetas do "deus" que barganha, que dá, mas em troca do que se lhe dar, um pouco em troca muito, e observamos pobres almas sofridas e castigadas, ludibriadas pelos lobos da religião, entregarem o que conseguiram com anos de luta e labor, ao "deus" que recompensará o seu sacrifício. E ao perceberem que foram enganados, pois a situação não mudou, tudo continua como antes, e choram amargamente, pois "deus" os trouxe ao mundo para serem miseráveis, nasceram para sofrer, é o destino! Foi traçado no nascimento! Não se pode mudar. E os lobos continuam com sua fome que não cessa, enganando pobres almas.

Deus implantou em nossas almas o dom de sonhar! Acredite! Deus tem o melhor para você. Sonhe, não desista de seus sonhos. Sonhe com um mundo melhor, lutemos pelos nossos ideais. Não pare no campo de batalha. Existe todo um horizonte a ser conquistado. Voe, e voe alto, não existem limites para os que sonham. Sonhe!!!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Antes acusado pelo demônio

No Sermão da Segunda Dominga do Advento, Vieira afirmou que antes quisera ver-se acusado do demônio do que julgado de homens:

"Porque os demônios apenas acusam as obras e palavras, ao passo que o homem julga e condena até os mais íntimos pensamentos, muito embora os não possa conhecer. No juízo de Deus as nossas obras defendem-nos, no juízo dos homens o maior inimigo que temos são as nossas boas obras. Não há maior delito no mundo do que o ser melhor. Um grande delito mais vezes achou piedade; um grande merecimento nunca lhe faltou a inveja. No juízo de Deus perdoam-se os pecados como fraquezas; no juízo dos homens castigam-se as valentias como pecados. Deus vos livre de vossas obras, e muito mais das grandes, pois muito mais seguro é ir com pecados ao juízo de Deus, que com milagres ao juízo dos homens! Em Deus há misericórdia, na inveja não há perdão."

segunda-feira, janeiro 16, 2006

E as crianças?

Outro dia participei de um fórum no Orkut sobre o tópico "Todas as crianças são salvas?". Citei minha opinião e a complementei com a posição de R.C. Sproul, como segue:

"Os meus argumentos partem da pergunta 'Todas as crianças que morrem são salvas?'. Para essa indagação respondo sim, são salvas. Concordo com R.C. Sproul que nos diz 'A qualquer hora que um ser humano morre antes de alcançar a idade da responsabilidade (que varia de acordo com a capacidade mental), precisamos confiar em provisões especiais da misericórdia de Deus. A maioria das igrejas crê que existe tal provisão especial da misericórdia de Deus. Esta posição não envolve a suposição que as crianças são inocentes. Davi declara que ele nasceu em pecado e foi concebido em pecado. Com isto ele estava se referindo obviamente à noção bíblica de pecado original. Pecado original não se refere ao primeiro pecado de Adão e Eva, mas ao resultado daquela transgressão inicial.' (R. C. Sproul, Surpreendido pelo sofrimento: ouça o chamado de seu Pai amoroso para suportar o sofrimento. São Paulo: Cultura Cristã, 1998. pp. 184.) Creio que precisamos confiar em provisões especiais da misericórdia de Deus, não concebo um Deus que decreta a morte de infantes para o inferno."

A minha resposta não foi bem aceita, e entre os contra um afirmava que minha posição estava embasada na emoção. Infelizmente, por descuido, não coloquei "biblicamente" na frase "não concebo um Deus que decreta a morte de infantes para o inferno". Santo Agostinho adotava a posição que as crianças não-batizadas "teriam como destino um círculo infernal com sofrimentos menores", o limbo. Posição que o Vaticano adotou por muito tempo, o termo não mais aparece no catecismo e o Papa Bento XVI convocou uma comissão de 30 teólogos para eliminar o limbo.

Enquanto o Vaticano decide como eliminar o limbo, eu continuo com a posição de R.C. Sproul e com a de Charles H. Spurgeon quando em "Uma Defesa do Calvinismo" afirma "Eu creio que haverá mais pessoas no Céu do que no inferno. Se alguém me perguntar por que penso assim, responderei: porque Cristo em tudo há de ter o primado, e eu não posso conceber como Ele pode ter o primado se houver mais pessoas nos domínios de Satanás do que no Paraíso. Além do mais, eu nunca li que há de haver uma grande multidão, que ninguém pode contar, no inferno. Regozijo-me em saber que as almas das criancinhas logo após morrer, se apressam em seu caminho ao Céu! Imagine a multidão deles!!" [grifo meu].

"Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu." Mt. 18.10

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Nem todos se sentem escravos

Quanto a postagem anterior certas observações precisam ser acrescentadas. Alguém, que eu considero muito especial, chamou minha atenção, pois de certa forma a ofendi por ser membro da denominação que foi motivo de minha crítica ou desabafo, mas em hipótese alguma a ofenderia e não tive essa pretensão.
Continuando... Não posso negar que tive bons momentos na "Deus é Amor", consegui amizades e uma experiência única, lições que me fizeram crescer, como disse Jorge Oliveira "A vida de um cristão é uma aprendizagem contínua". O meu problema não é com a denominação, é com o legalismo, que não concordo, insisto em não concordar, pois o considero uma doença. Não comecei a minha caminhada nesta denominação e não foi o meu primeiro contato com o legalismo. As raízes são outras, e durante anos vivi uma luta interior, mas não são todos que vivem essa luta! E não posso deixar de demonstrar a minha compreensão aqueles que se sentem livres, apesar de aos meus olhos estarem presos. As minhas inquietações me fizeram questionar, e foi o meu questionamento o motivo de minha cura, pois me fizeram procurar respostas na Bíblia, e as correntes foram quebradas. Foram quatro anos de aprendizado que me ajudaram a crescer, e não posso negar, foram bons momentos...

sábado, janeiro 07, 2006

"A minha graça te basta..."

Li a carta anônima de um pastor da "Deus é Amor" em um site. A leitura me fez lembrar dos quatro anos que fui membro e obreiro desta denominação. Na carta lemos a alma deste pastor, que por anos defendeu e obedeceu os costumes como "doutrina", até o momento que os seus olhos foram abertos pela leitura das Escrituras. Hoje se encontra em luta, pois é pastor da denominação, e deseja ser expulso, para pregar o evangelho genuíno da graça de Deus.
Também preguei os costumes e as "revelações", e denominei aqueles que eram contra como rebeldes, mundanos e carnais. Porém, interiormente se encontrava em uma luta interior, pregava e mostrava nas Escrituras que o que defendíamos era a verdade, mas os versículos eram forçados, manipulados para afirmar o que não afirmavam. Comecei a questionar, a ler a Bíblia Sagrada sem as óticas da denominação, e as verdades da graça de Deus começaram a ecoar na minha alma.
Lembro quando subi no púlpito no culto de "doutrina" para defender o item do Regulamento Interno que dizia que "as irmãs não podiam cortar o cabelo, pois era pecado." Os meus argumentos eram complementados com a sinceridade de um devoto fiel, pois acreditava ser a verdade o que era imposto, apesar de interiormente uma luz dizer que não. Outro dia, fui explicar a "revelação" que a televisão era a imagem da besta (um absurdo!!!), eu sabia que não, e qualquer leitor da Bíblia sabe que não, porém tive que de certa forma defender a posição do nosso "líder" com "base" nas Escrituras e convencer os membros que sim, a televisão era "a imagem da besta". E tantos outros argumentos, que não passavam de mentiras, para defender os costumes e regras. No auge do legalismo li o livro "É proibido, o que a Bíblia permite e a Igreja proíbe" de Ricardo Gondim. Conclui a leitura e critiquei o livro em uma de minhas mensagens e denominei Gondim de apóstata, proclamador de heresias. Hipocrisia! Interiormente eu sabia que o livro retratava a verdade, que nós queríamos encobrir.
Os membros a quem eu pregava eram almas doentes, como eu, andávamos com medo do inferno se abrir abaixo de nós e nos tragar. Relatos dos mais absurdos presenciei. Um dia uma irmã me procurou para me perguntar sobre certo "pecado", a minha alma chorou, eu sabia que não era pecado, mas como líder não podia ser contra o que o nosso "livrinho de leis espirituais" ditava. Com cautela procurei dizer que não era pecado, mas foi em vão minha tentativa, o supervisor em uma reunião desfaz o que eu havia dito. Eu não mais suportava o legalismo e a hipocrisia dos líderes, que no púlpito maltratavam os membros com palavras ásperas, mas suas vidas eram completamente diferentes do evangelho de Cristo.
Hoje olho para trás e me pergunto como fui capaz de defender heresias, costumes e regras que escravizam a alma. Não estou no dilema do pastor que espera ser expulso, saí para viver o evangelho de Cristo. Mas são muitos que até hoje sofrem, vítimas de vítimas, um ciclo que está longe de ter fim. Graças a Deus, porque um dia a voz dos céus bradou no meu coração "a minha graça te basta...", libertando-me das correntes que me escravizavam.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Minhas inquietudes

Inquieto é como me defino. Para muitas perguntas e poucas respostas, frustração é o resultado. Posso muito bem fazer como muitos, concordar com as respostas preestabelecidas e continuar a minha jornada. Porque parar para procurar respostas, que são incógnitas onde os maiores matemáticos da vida não encontraram o resultado? É muito simples, aceitar como enigma ou um código, onde poucos decifram, e quando decifram são considerados loucos ou alienados. É preço que pagam por irem contra o que está fundamentado ou encravado. Afinal de contas a que estou me referindo? Ao que sou, ao que somos, ao mundo. Somos reais e existe um propósito para nossa existência. É muito simples e ao mesmo tempo complexo. Onde não encontramos respostas colocamos uma placa com letras garrafais "MISTÉRIO". Não é querer se limitar, é ir até onde podemos ir. Estás disposto a tentar decifrá-lo? Prepare-se para a loucura, para uma viagem onde poucos trilharam e foram bem sucedidos. Por isso estou inquieto, aflito, porque sou uma incógnita, um enigma não decifrado.