Outro dia participei de um fórum no Orkut sobre o tópico "Todas as crianças são salvas?". Citei minha opinião e a complementei com a posição de R.C. Sproul, como segue:
"Os meus argumentos partem da pergunta 'Todas as crianças que morrem são salvas?'. Para essa indagação respondo sim, são salvas. Concordo com R.C. Sproul que nos diz 'A qualquer hora que um ser humano morre antes de alcançar a idade da responsabilidade (que varia de acordo com a capacidade mental), precisamos confiar em provisões especiais da misericórdia de Deus. A maioria das igrejas crê que existe tal provisão especial da misericórdia de Deus. Esta posição não envolve a suposição que as crianças são inocentes. Davi declara que ele nasceu em pecado e foi concebido em pecado. Com isto ele estava se referindo obviamente à noção bíblica de pecado original. Pecado original não se refere ao primeiro pecado de Adão e Eva, mas ao resultado daquela transgressão inicial.' (R. C. Sproul, Surpreendido pelo sofrimento: ouça o chamado de seu Pai amoroso para suportar o sofrimento. São Paulo: Cultura Cristã, 1998. pp. 184.) Creio que precisamos confiar em provisões especiais da misericórdia de Deus, não concebo um Deus que decreta a morte de infantes para o inferno."
A minha resposta não foi bem aceita, e entre os contra um afirmava que minha posição estava embasada na emoção. Infelizmente, por descuido, não coloquei "biblicamente" na frase "não concebo um Deus que decreta a morte de infantes para o inferno". Santo Agostinho adotava a posição que as crianças não-batizadas "teriam como destino um círculo infernal com sofrimentos menores", o limbo. Posição que o Vaticano adotou por muito tempo, o termo não mais aparece no catecismo e o Papa Bento XVI convocou uma comissão de 30 teólogos para eliminar o limbo.
Enquanto o Vaticano decide como eliminar o limbo, eu continuo com a posição de R.C. Sproul e com a de Charles H. Spurgeon quando em "Uma Defesa do Calvinismo" afirma "Eu creio que haverá mais pessoas no Céu do que no inferno. Se alguém me perguntar por que penso assim, responderei: porque Cristo em tudo há de ter o primado, e eu não posso conceber como Ele pode ter o primado se houver mais pessoas nos domínios de Satanás do que no Paraíso. Além do mais, eu nunca li que há de haver uma grande multidão, que ninguém pode contar, no inferno. Regozijo-me em saber que as almas das criancinhas logo após morrer, se apressam em seu caminho ao Céu! Imagine a multidão deles!!" [grifo meu].
"Os meus argumentos partem da pergunta 'Todas as crianças que morrem são salvas?'. Para essa indagação respondo sim, são salvas. Concordo com R.C. Sproul que nos diz 'A qualquer hora que um ser humano morre antes de alcançar a idade da responsabilidade (que varia de acordo com a capacidade mental), precisamos confiar em provisões especiais da misericórdia de Deus. A maioria das igrejas crê que existe tal provisão especial da misericórdia de Deus. Esta posição não envolve a suposição que as crianças são inocentes. Davi declara que ele nasceu em pecado e foi concebido em pecado. Com isto ele estava se referindo obviamente à noção bíblica de pecado original. Pecado original não se refere ao primeiro pecado de Adão e Eva, mas ao resultado daquela transgressão inicial.' (R. C. Sproul, Surpreendido pelo sofrimento: ouça o chamado de seu Pai amoroso para suportar o sofrimento. São Paulo: Cultura Cristã, 1998. pp. 184.) Creio que precisamos confiar em provisões especiais da misericórdia de Deus, não concebo um Deus que decreta a morte de infantes para o inferno."
A minha resposta não foi bem aceita, e entre os contra um afirmava que minha posição estava embasada na emoção. Infelizmente, por descuido, não coloquei "biblicamente" na frase "não concebo um Deus que decreta a morte de infantes para o inferno". Santo Agostinho adotava a posição que as crianças não-batizadas "teriam como destino um círculo infernal com sofrimentos menores", o limbo. Posição que o Vaticano adotou por muito tempo, o termo não mais aparece no catecismo e o Papa Bento XVI convocou uma comissão de 30 teólogos para eliminar o limbo.
Enquanto o Vaticano decide como eliminar o limbo, eu continuo com a posição de R.C. Sproul e com a de Charles H. Spurgeon quando em "Uma Defesa do Calvinismo" afirma "Eu creio que haverá mais pessoas no Céu do que no inferno. Se alguém me perguntar por que penso assim, responderei: porque Cristo em tudo há de ter o primado, e eu não posso conceber como Ele pode ter o primado se houver mais pessoas nos domínios de Satanás do que no Paraíso. Além do mais, eu nunca li que há de haver uma grande multidão, que ninguém pode contar, no inferno. Regozijo-me em saber que as almas das criancinhas logo após morrer, se apressam em seu caminho ao Céu! Imagine a multidão deles!!" [grifo meu].
"Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu." Mt. 18.10
5 comentários:
Vagner,
existe um debate no meio reformado sobre a questão da vida após a morte para os infantes.
Rev. João Alves, jubilado da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil tem um excelente artigo sobre isso publicado na fides reformata (www.mackenzie.br/teologia/fides)
, porém defende a condenação de infantes.
Eu já fico com a sua posição, de R.C. sproul e Spurgeon, mas o debate é especulativo, ainda não vi clareza bíblica no assunto.
Vagner, excelente reflexão, são temas polêmicos e pouco abordados até!
Creio que o sangue de Jesus cobre as crianças, por causa de imensa misericórdia de Deus. É uma discussão que gera polémica, mas a Graça de Deus está acima das nossas suposições! Eu fico com Spurgeon E C.Sproul!
Juan, reconheço que o assunto é polêmico. Entre os reformados, percebo que não há unanimidade e compreendo a razão, polêmico. O artigo foi breve, acredito que depois acrescentarei outras observações com base bíblia. Tem um artigo no site Monergismo muito bom, ou melhor excelente, de John Piper, faço de sua posição a minha, particularmente não vejo como discordar desse conceituado escritor reformado (http://www.monergismo.com/textos/sotereologia/piper_infantes_morrem.htm).
Vilma, sua resposta é excelente. A Graça de Deus está acima das nossas suposições.
Abraços.
GOSTEI DO SEU BLOG.
CUIDADO COM O CANTO DE SEREIA DO CALVINISMO.
PORQUE OS ATRIBUTOS INVISÍVEIS DE DEUS, ASSIM O SEU ETERNO PODER, COMO TAMBEM A SUA PRÓPRIA DIVINDADE, CLARAMENTE SE RECONHECEM, DESDE O PRINCIPIO DO MUNDO, SENDO PERCEBIDOSPOR MEIO DAS COISAS QUE FORAM CRIADAS.TAIS HOMENS(TODA HUMANIDADE) SÃO, POR ISSO INDESCULPAVEIS. (RM 1:20)
Hoje a pessoa tem que ouvir a Palavra para crêr.
Pergunto: Os indios que viveram no Brasil antes do descobrimento foram salvos?
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